Noite fria. Vestido com meu casaco de lã e enrolado em meu cobertor preferido (desde a aurora da minha infância), penso.
Imerso na nostalgia melancólica das lembranças. Que lembranças? Não sei. Apenas poetizo.
Procuro vagamente alguma ideia para que eu possa escrever algo de proveitoso. Nada me bate.
Entre os textos já escritos me vem um breve poema, escrito como que em uma brincadeira. Simples, sutil, melífluo, suave.
Tento lembrar do momento em que o escrevi. Tento entendê-lo. Nada. Coisa de doido.
Sei que escrevi. É o que vale.
Relato
Sinto saudades do futuro
e do passado, inexistente.
[se complica o expoente...
... exitante ao pensar]
Mas, se num breve raio consciente
Algum dia fui coerente
Não deixei de te amar.
Rodrigo Rabello