Condado
Em meio aos teus castelos, tuas esquinas, ruas estreitas e escuras
Em meio ao teu clima e as pontes e parques e rios e canais.
Em meio à música que cantas pelo vento
E ao cheiro de grama molhada que penetra a narina
Em meio as tuas paisagens que mais parecem pinturas
Sob a lua, à luz de velas
Em meio ao tempo que há muito passou
Há algo que não hei de esquecer
Se desenho era? Não sei, nem saberia
Mas perdi-me completamente em seus traços
Contorno e preenchimento
Aquilo me invadia
Nas linhas retas, teu vento tornava curva
E em meio àquele perfume, o teu se perdia
Aquela beleza? A tua se esvaia
E, então, antes o que fora tempo
Já não mais existia.
Apenas uma dúvida ficou:
Se desenho fosse, quando vida teria?
Rodrigo Rabello
Um comentário:
Menino, por favor, volta a escrever!
Lendo suas postagens vi o seu dom escrito em cada linha, principalmente esta (me encantou). Como li, ser macho é ser vc, seja com os encantos poéticos, ou da forma grosseira que for...
Menino sorridente
tem um saber ardente,
e te digo bem coerente
seja diferente...
Diferente, fazendo feliz os leitores do seu blog.
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